Relatório da Polícia Federal expõe a “Abin Paralela” por coordenar perfis falsos nas redes sociais e fornecer dados ilegais a propagadores de fake news.
O relatório da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin Paralela” revela que esse “gabinete do ódio” coordenava inúmeros perfis falsos nas redes sociais, como o Twitter (hoje X). Os operadores desta rede clandestina, apesar de suspeitarem que conhecidos propagadores de fake news, como Oswaldo Eustáquio, poderiam estar sendo monitorados por autoridades, continuavam a alimentá-los com informações colhidas ilegalmente.
Estratégias e Operações
A linguagem utilizada pelos operadores da Abin Paralela é reveladora. Em um diálogo discutindo o contato com Kim Paim, outro famoso propagador de fake news, um dos operadores comentou: “já temos por onde escoar o esgoto”. Essa frase sugere uma estratégia deliberada para disseminar desinformação através de canais específicos e bem estabelecidos na rede.
Desinformação e Monitoramento
A persistência dos operadores em continuar fornecendo dados a Eustáquio, mesmo com a suspeita de vigilância, destaca a ousadia e a confiança com que operavam.
Esse comportamento evidencia a profundidade e a organização da rede de desinformação, que não hesitava em utilizar táticas ilegais para influenciar a opinião pública e moldar narrativas favoráveis ao governo.
Impacto e Repercussões
As descobertas da Polícia Federal sobre a Abin Paralela sublinham a gravidade do uso de perfis falsos e da propagação de fake news como ferramentas de manipulação política.
A revelação desses detalhes lança luz sobre as práticas subterrâneas que influenciaram o debate público e as percepções durante o período investigado, reforçando a necessidade de uma resposta institucional robusta para combater tais ações.