Escultura, inaugurada em 1961, mistura referências de figuras mitológicas
A estátua “A Justiça”, localizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que foi destaque nas redes sociais nos últimos dias após um homem detonar explosivos em frente à escultura, já foi alvo de outros ataques ao longo dos anos.
Inaugurada em 1961, a escultura foi idealizada pelo artista mineiro Alfredo Ceschiatti, que a esculpiu em bloco de granito, com 3 metros de altura, a pedido de Juscelino Kubitschek, presidente na época. A obra, que se encontra em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), mistura elementos da mitologia grega e romana, representando as figuras de Têmis e Iustitia — as deusas da Justiça.
A escultura não apresenta a balança tradicionalmente associada ao conceito de justiça, mas carrega outros símbolos poderosos: os olhos vendados da figura feminina representam imparcialidade, uma característica fundamental do processo judicial. A espada repousa no colo da figura, simbolizando a força e a autoridade da lei, transmitindo a ideia de que as decisões da Justiça não são um pedido, mas uma imposição.
Nos últimos dias, as imagens da escultura, após o atentado, ganharam novos significados nas redes sociais, sendo resgatadas como símbolo de resiliência frente aos ataques e desafios. Em um país marcado por debates sobre a lentidão da Justiça, a figura silenciosa de A Justiça se manteve de pé, como uma testemunha silenciosa das turbulências do Brasil.
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Foto: Gustavo Moreno/STF