O sistema eleitoral da Venezuela é amplamente automatizado, sendo monitorado e auditado por diversas organizações, incluindo representantes da oposição, para assegurar que o voto dos eleitores seja contabilizado corretamente.
Confira como funciona o processo de votação:
- Identificação e verificação biométrica: O eleitor apresenta sua identidade e faz o reconhecimento biométrico por meio da impressão digital.
- Voto eletrônico: Em seguida, o eleitor vota em uma urna eletrônica.
- Confirmação em papel: O voto é impresso em papel, permitindo ao eleitor verificar se está correto antes de depositá-lo em uma urna física.
- Totalização dos votos: Os votos eletrônicos são enviados para uma central que totaliza todos os votos sem conexão com a internet.
- Verificação por amostragem: É realizada uma verificação por amostragem para garantir que os votos impressos correspondem aos eletrônicos.
Apesar das garantias de segurança, o sistema enfrenta críticas e denúncias de fraude. Desde 2004, a oposição venezuelana aponta supostas irregularidades, exceto em 2015, quando venceu a eleição para a Assembleia Nacional. Especialistas e organizações internacionais, como o Centro Carter, defendem a integridade do sistema, afirmando não haver provas concretas de fraude.
Em 2012, o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter elogiou o sistema eleitoral venezuelano como “o melhor do mundo” entre os 92 processos eleitorais monitorados pelo Centro Carter. No entanto, em 2021, o mesmo centro apontou problemas relacionados à repressão política e restrições à participação e liberdade de expressão, sem questionar a segurança do voto em si.
Papel da oposição e auditorias
A oposição participa ativamente das auditorias do sistema eleitoral, garantindo a transparência do processo. Em 2021, observadores da oposição estavam presentes em todas as mais de 30 mil mesas eleitorais do país. Relatórios de organizações como o Observatório Global de Comunicação e Democracia e o Centro Carter reforçam a segurança do sistema de votação eletrônica.
Apesar da segurança do sistema de votação, outros problemas persistem. Há denúncias de coerção de eleitores em áreas controladas pelo governo, extensão de horários de votação e limitações ao acesso de observadores. Estruturas como os “pontos vermelhos” próximos aos locais de votação são criticadas por rastrear eleitores e correlacionar votos com benefícios do governo.
Observadores eleitorais e missões internacionais
As eleições na Venezuela contam com a presença de observadores nacionais e internacionais. Instituições como a Rede de Observação Eleitoral Assembleia de Educação (ROAE) e o Centro Carter, junto com técnicos das Nações Unidas, monitoram o processo. No entanto, a União Europeia foi vetada pelo governo venezuelano, e o Tribunal Superior Eleitor do Brasil desistiu de enviar observadores após declarações de Maduro.
Com informações de Agência Brasil