DUAS EMPRESAS FORAM AUTUADAS E MULTADAS EM MAIS DE R$ 1 MILHÃO POR SEREM RESPONSÁVEIS PELA POLUIÇÃO DO LAGO DO ALEIXO, ZONA LESTE DE MANAUS

Duas empresas foram autuadas e multadas em mais de R$ 1 milhão por serem  responsáveis pela poluição do Lago do Aleixo, Zona Leste de Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), em conjunto com a Polícia Federal e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), deflagrou na última sexta-feira (24/05), a Operação Água Pura.

A ação teve como objetivo identificar os responsáveis pela poluição do Lago do Aleixo, zona leste de Manaus.

Em coletiva de imprensa realizada neste sábado (25) na Delegacia Geral, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, o delegado-geral adjunto, Guilherme Torres, destacou o trabalho realizado pela Dema, sob a titularidade da delegada Juliana Viga, que já desencadeou algumas operações ao longo de 2024.

“Parabenizo e agradeço à parceria da Polícia Federal e do Ipaam por essa ação conjunta que resultou na prisão de três pessoas por crime ambiental. Esse tipo de crime exige que todos os agentes da segurança trabalhem em conjunto para dar uma resposta à sociedade”, enfatizou Torres.

O delegado-geral adjunto acrescentou que operações como essa são cruciais para proteger a rica biodiversidade da Amazônia, pois, por meio delas, é possível garantir não apenas a preservação do meio ambiente, mas também a vida das comunidades locais.

“A ação irresponsável e criminosa dessas empresas, que poluíram aquele lago, causou danos irreparáveis ao meio ambiente. É fundamental que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam punidos”, salientou.

Investigações

A delegada Juliana Viga, titular da Dema, informou que as investigações iniciaram após o recebimento de denúncias de poluição hídrica e do solo por parte de empresas que lançavam efluentes líquidos não tratados no meio ambiente. Essa prática provocou a morte de vários peixes, além do comprometimento da flora.

“Recebemos imagens de diversos peixes mortos e da água com coloração alterada. Fomos informados que algumas empresas responsáveis pelo tratamento de efluentes líquidos de outras grandes empresas não estavam desaguando seus efluentes de forma devida no recurso hídrico”, explicou a delegada.

Juliana Viga relatou que, a partir dessa denúncia, a equipe investigativa conseguiu identificar as empresas e se deslocar até o local. Na ocasião, foi solicitado o apoio da Polícia Federal, tanto na parte operacional quanto na perícia, e também do Ipaam, órgão responsável pelo licenciamento das empresas.

“Diante desse cenário, montamos a operação e conseguimos chegar às duas empresas. No momento da nossa chegada, presenciamos uma transferência de efluentes líquidos de uma empresa para uma receptora. Identificamos uma irregularidade: os efluentes estavam transbordando e caindo no chão, sem tratamento pela estação. A água, sem tratamento adequado, desaguava no solo e contaminava o recurso hídrico”, relatou a delegada.

ASCOM-PCAM

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