A falta de manutenção expõe o abandono, além de diversos problemas ambientais e de planejamento
Tainá Amoêdo / portald24@diarioam.com.br
Publicado em 23 de julho de 2024 às 06:40
Manaus – Familiares de pessoas enterradas no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, conhecido como ‘Cemitério do Tarumã’, que fica na avenida do Turismo, bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, denunciam o abandono da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), e a falta de infraestrutura no local. De acordo com a denúncia, túmulos estão tomados pelo mato, sepulturas sem identificação, lixo espalhado e caminhos obstruídos pela vegetação, principalmente na área destinada às vítima da Covid-19. A falta de manutenção expõe além do descaso, diversos problemas ambientais e de planejamento.
(Foto: Chico Batata)
A família Fragoso, que tenta manter limpo o túmulo do pai, relata a necessidade de pagar por serviços de limpeza para garantir o mínimo de respeito ao local.
“Nosso pai está morto, mas está esquecido pelo poder público”, lamenta Carla Fragoso, filha do falecido.
A viúva, Glória Fragoso, conta que a família arca com a manutenção mensal ou realiza a limpeza por conta própria quando não há recursos financeiros.
“Tem muito mato, se não limpar, a gente não acha o túmulo”, relata a viúva.
O cemitério do Tarumã também se tornou um símbolo do descaso com as vítimas da pandemia e seus familiares. O local foi utilizado para enterros coletivos em valas comuns durante o pico da Covid-19 em 2020. Familiares relatam o abandono do espaço desde então, com o mato alto, sepulturas sem identificação e a falta de limpeza.
Um homem, que não quis se identificar, visita frequentemente o túmulo da mãe, vítima da Covid-19. Ele relata a tristeza em ver o local abandonado.
“Desde que minha mãe foi enterrada, só vi esse local limpo nos primeiros meses. De lá para cá, o mato só cresce em toda a área”, lamenta.
(Foto: Chico Batata
Fonte: D24am.
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