Capitão Alberto Neto diz que para combater a violência nas ruas é preciso da sua experiência e contar com Guardas Municipais totalmente armados

Alberto Barros Cavalcante Neto (Fortaleza, 5 de maio de 1982), mais conhecido como Capitão Alberto Neto é um policial militar e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal (PL). 

Em seu esforço para ser prefeito de Manaus, o Capitão Alberto Neto (PL-AM) teve primeiro de vencer um coronel. Deputado federal eleito em 2019 e reeleito em 2022, apoiado por Bolsonaro. Ele se impôs no PL à pré-candidatura do coronel Alfredo Menezes. Amigo e ex-colega de Bolsonaro na Aman, Menezes liderou a Zona Franca no governo anterior e chegou muito perto de tirar a vaga de Omar Aziz (PSD-AM) no Senado na eleição de 2022.

Mais jovem , evangélico e com presença forte nas redes desde que filmava operações nos seus tempos de policial, Alberto Neto mostrou mais habilidade em costurar o apoio de caciques que controlavam o PL amazonense bem antes da chegada de Bolsonaro. Sem com isso alienar a família do ex-presidente. 

Em entrevista a um portal de Manaus Capitão Alberto Neto definiu suas prioridades e estratégias  em ser prefeito de Manaus:

“A estratégia para ser eleito: Manaus tem 60% do eleitorado que votou no presidente Bolsonaro, que é a cidade da Zona Franca, cidade industrial, com comércio pujante, que tem simpatia pela direita e principalmente pelo nosso líder Bolsonaro. Já saíram algumas pesquisas que mostram que 45% da população quer votar no candidato do Bolsonaro. Aliado a isso, a população quer os seus problemas resolvidos. Manaus é a quinta cidade mais rica do Brasil. Tem o quinto maior orçamento. Sabe quantas vagas nós temos de creches? Pouco mais de 7 mil. Isso não preenche nem 10% da necessidade. Curitiba é a sexta capital mais rica, sexto orçamento, população menor, e tem 55 mil vagas. Então a população quer ver, além candidato de direita, do Bolsonaro, um candidato preparado para resolver os problemas. “ disse.

O Capitão não defende a descriminalização da maconha “…a lei como está hoje atinge o objetivo”.

“Acredito que a lei como está hoje atinge o objetivo: o uso da maconha não dá pena de prisão. Isso tem que ficar claro. Mas é crime, com penas de advertência, trabalho voluntário ou educativo. Eu, como policial, vi de perto. Inclusive tive casos na minha família. Um tio de criação que entrou no mundo das drogas, usuário, roubava a minha e batia na minha avó. Isso faz tempo antes de ser policial, em Fortaleza. E o traficante foi lá e o matou.

O Capitão Alberto Neto estava nas ruas quando a onda de facções invadiu Manaus e diz que é impossível a prefeitura sozinha e com poucos guardas municipais armados enfrentar o problema.

“É impossível a prefeitura sozinha querer enfrentar algo tão complexo como crime organizado e não é função dela. O que a prefeitura precisa é ajudar o estado a criar um ambiente favorável para a segurança pública. Pegue a teoria das janelas quebradas, utilizada em Nova York. Isso é fica muito claro para mim quando eu estava nas ruas: quando tem uma rua esburacada, a viatura da PM não passa e aquela rua fica sem prevenção em relação aos criminosos. Se aquela rua também está sem iluminação pública, vira um palco para assassinatos, estupros, e o próprio tráfico de drogas. Vamos ter que dar esse choque de ordem na cidade. A gente precisa criar um ambiente favorável para que o estado possa fazer o seu trabalho. A Guarda Municipal pode ser mais atuante nas áreas de responsabilidade da prefeitura. O efetivo é pífio para uma cidade que tem 2 milhões de habitantes. Temos mais ou menos 50 guardas municipais diários. No total, são em torno de 400, com metade concursada, metade é RDA, pessoas que funções administrativas e não podem utilizar armamento. Então, um cara desse sem arma, o que é que vai poder fazer se aparece um bandido armado na praça? Quero uma GM bem armada e preparada” Concluiu. 

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