Tiquinho fecha ciclos em sua vida com gol decisivo, enquanto atuações defensivas permitem redenção da equipe no Nilton Santos
Por Davi Ferreira
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Qual o melhor momento para se reencontrar com as redes? A estrela de um grande artilheiro, mesmo que apagada por quase três meses, tem inspiração suficiente para dar as caras nos momentos mais decisivos. Ontem, Tiquinho Soares voltou a fazer um lotado Nilton Santos explodir, com um gol de muitos significados para ele, e fez o Botafogo vencer o Palmeiras por 1 a 0, isolando-se de vez na liderança do Brasileirão com 36 pontos.
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Há quase nove meses, este confronto terminou com uma virada incrível dos paulistas, que rumaram ao título nacional e deixaram cicatrizes no alvinegro. Naquela partida, o camisa 9 perdeu um pênalti. A vitória desta vez não se trata de uma vingança ou muito menos uma final antecipada de campeonato, mas era necessária para o brio de um time que não deixou a peteca cair e surge mais forte.
Ter o artilheiro de volta é uma excelente notícia. O último gol de Tiquinho havia sido em 21 de abril, em goleada sobre o Juventude. Desde então, ele passou por uma escalada de eventos, como uma lesão na coxa direita, a perda do pai e até sua renovação de contrato. Tudo isso desembocou no gol do desafogo ontem.
— Quem assistiu ao jogo viu duas equipes jogando bom futebol. A gente se preparou bem. É mais um jogo. Claro que tem a repercussão devido ao passado. Mas como eu já falei, já foi, já passou. É construir uma nova era agora — disse Tiquinho.
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A vitória também se sustentou na atuação excelente de John, mais uma de um goleiro que vive seu melhor momento com a camisa alvinegra, e fechou o gol com pelo menos três grandes intervenções. Se, hoje, o Botafogo consegue segurar vantagens, é porque seu goleiro também tem incorporado um autêntico espírito de guardião.
E a torcida acompanha. Os quase 40 mil presentes que esgotaram os ingressos para esse jogo estavam ali de corpo e alma acompanhando cada jogada e fazendo um som estridente. Desde o início do primeiro tempo, a equipe buscou pilhar o ritmo do jogo, mas não precisando apelar para um confronto de nervos. Aliás, os dois times fizeram um enfrentamento de ritmo caótico mas respeitando a qualidade de ambos.
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O dono da casa teve alguns desajustes provocados pela escolha de Artur Jorge em manter apenas dois jogadores no meio-campo, com Gregore combatendo uma equipe mais leve do Palmeiras. O adversário atacava às costas da defesa, e chegou a ter grande chance quando Flaco López recebe sozinho de Marcos Rocha na frente do gol, mas John fez seu primeiro milagre.
Isso não significa que o Botafogo não tenha encontrado soluções e levado até mesmo mais perigo. Destaque especial para a partida de Savarino, que voltou inspirado após sua participação na Copa América. O venezuelano conduzia bem a bola, tinha ideias na frente e ainda fazia transições.
As principais chances, inicialmente, caíram nos pés de Marlon Freitas e Luiz Henrique, que apareceram em condições para finalizar na grande área, mas Weverton também fechou o gol.