Foto: divulgação
Benjamin Constant ficou sem luz por falta de combustível. O MP-AM moveu ação contra a Amazonas Energia, cobrando planejamento e soluções urgentes.
A empresa privada Amazonas Energia deixou o município de Benjamim Constant em completa escuridão no dia 23 de setembro.
A empresa alegou que ficou sem combustível para funcionar a usina termelétrica devido às dificuldades de transporte pelo rio Solimões, atingido por severa vazante.
Para o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), contudo, a concessionária não agiu corretamente.
Primeiramente, porque a cidade ficou no apagão de forma abrupta, sem aviso prévio adequado e sem explicações claras à população.
Depois, o corte de energia afetou serviços essenciais, como o abastecimento de água e o funcionamento das unidades de saúde.
Sem contar o prejuízo ao comércio e à população, que sofre com onda de altas temperaturas e forte estiagem.
Diante disso, por meio da promotoria de Justiça local, o MP-AM ajuizou uma ação pública contra a Amazonas Energia.
Conforme o promotor titular no município, Alison Buchacher, a ação quer que a empresa seja obrigada a garantir o abastecimento de energia de Benjamim Constant, na região da tríplice fronteira com Colômbia e Peru.
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Atuação ruim
De acordo com o promotor, a crise com a vazante do Solimões é reconhecida, mas não é desculpa para a Amazonas Energia prestar serviço sem planejamento.
Afinal, desde muito cedo já havia o alerta no Amazonas que a seca dos rios seria mais grave que a histórica de 2023.
Dessa forma, o transporte de combustível para abastecer a usina da cidade e de outros municípios da região, que sofrem com o mesmo problema, deveria ter sido planejado com antecedência.
“Já passamos por situações similares, e cabe às empresas adotar medidas de prevenção, como o planejamento adequado para situações de seca”, disse o promotor.
Como consequência, Buchacher entrou com a ação neste dia 25 de setembro, pedindo a normalização urgente do fornecimento de energia.
Além disso, cobrou que a empresa apresente um cronograma detalhado com as soluções e medidas preventivas que serão tomadas.
Ao final, o MP pede a condenação da Amazonas Energia ao pagamento de R$ 100 mil por dia de falta de luz injustificada, em razão dos transtornos causados à população.
POR BNC*