Píer flutuante é instalado em Itacoatiara e começa a operar para evitar prejuízo bilionário da estiagem

Amazonas – A estiagem severa que atinge o Amazonas desencadeou uma série de desafios logísticos para empresas da região, mas também trouxe à tona soluções criativas para minimizar os prejuízos. Uma empresa de logística, em especial, vem se destacando por sua operação histórica, ao instalar um píer flutuante provisório em Itacoatiara, garantindo o fluxo contínuo de mercadorias para Manaus e outras áreas do Estado.

Esta semana, teve início a operação Chibatão em Movimento no Píer Flutuante Provisório do Grupo Chibatão, em Itacoatiara, com a atracação do navio Log-In Jacarandá, carregado com 1.032 contêineres. Com a instalação do píer flutuante, localizado a 270 km da capital, a empresa conseguiu atracar um navio carregado com 1.032 contêineres, dos quais 360 já foram transferidos para balsas que seguem em direção a Manaus.

A operação, que levou 36 horas para ser concluída, é uma resposta direta aos impactos negativos da seca, que no ano passado resultou em prejuízos bilionários para o Polo Industrial de Manaus (PIM), ao paralisar o transporte fluvial por dois meses. A operação começou com a atracação de um navio carregado com 1.032 contêineres, dos quais 360 já foram transferidos para balsas.

Esse sistema inovador tem facilitado o transporte de insumos essenciais para as indústrias e a população. As balsas e o navio seguem viagem até Manaus, em uma rota que dura cerca de 36 horas. Durante essa navegação, a preocupação com a logística, o meio ambiente e a segurança dos tripulantes foi prioridade para a empresa. A seca histórica que afeta o Amazonas tem causado grandes prejuízos, especialmente para o Polo Industrial de Manaus, que no ano passado viu suas operações paralisadas por dois meses devido à baixa dos rios.

Com um prejuízo bilionário em 2023, a iniciativa do píer flutuante é uma tentativa de minimizar os impactos econômicos neste ano. Píer flutuante: uma solução improvisada, mas essencial Localizado a 270 km de Manaus, o píer flutuante em Itacoatiara, com 240 metros de comprimento e 24 metros de largura, foi montado para receber navios de grande porte que não conseguem atracar na capital devido à baixa dos rios.

Equipado com três guindastes de 64 metros, plataformas elevatórias e empilhadeiras, o píer está operando 24 horas por dia, sete dias por semana, até o final de dezembro. Essa solução emergencial surgiu em meio à demora nas obras de dragagem dos rios, que foram licitadas recentemente, mas ainda não começaram. O objetivo é garantir que as empresas do Polo Industrial de Manaus possam continuar escoando seus produtos durante a seca, evitando perdas tão severas quanto as do ano passado. Impactos econômicos .

Com a estiagem, os custos de transporte aumentaram significativamente. As empresas enfrentam uma “taxa da seca” de até US$ 5 mil por contêiner, além de outros custos logísticos. Somente este ano, estima-se que o sobrecusto de transporte no Polo Industrial de Manaus chegue a R$ 500 milhões. Apesar desses desafios, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior, acredita que o desabastecimento visto em 2023 não se repetirá, graças à antecipação das indústrias.

No entanto, ele alerta para o aumento dos custos de frete e a incerteza sobre a intensidade da seca. “A seca pode comprometer a vantagem comparativa da Zona Franca de Manaus e, com isso, colocar em risco empregos e investimentos na região”, afirmou Nascimento Júnior.

Desafios logísticos na Amazônia A dependência do transporte fluvial é uma das maiores vulnerabilidades logísticas da Amazônia. Sem rodovias ou ferrovias que conectem o estado ao restante do Brasil, a região enfrenta desafios recorrentes durante os períodos de seca. Especialistas criticam a falta de planejamento para o desenvolvimento de infraestrutura sustentável, que poderia ajudar a reduzir os impactos das estiagens.

Segundo Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, é necessário um investimento estratégico no escoamento de produtos da Zona Franca, incluindo o uso de rodovias e ferrovias, além de melhorias nas hidrovias da região.

FONTE CM7 BRASIL

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