Juiz manda parar obra da Prefeitura de Manaus no parque dos Bilhares

Construção da nova sede da SemmasClima no Parque Ponte dos Bilhares em Manaus está paralisada por suspeita de irregularidades.

Da Redação do BNC Amazonas

Em meio a um turbilhão de questionamentos e polêmicas, a construção da nova sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (SemasClima) no Parque Ponte dos Bilhares foi paralisada por uma decisão judicial.

A medida, acatando um pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), expôs graves falhas no processo de construção, lançando incertezas sobre o futuro do projeto e acendendo um alerta sobre a situação de outras obras em áreas verdes na cidade.

No centro da polêmica está a afetação do terreno. O MP questiona se a área do parque, originalmente destinada exclusivamente para uso como área verde, teve sua destinação alterada por meio de um decreto municipal, abrindo caminho para a construção da sede pasta.

Essa dúvida levanta sérias preocupações sobre o cumprimento das leis de zoneamento urbano e a preservação de espaços públicos essenciais para a qualidade de vida da população.

Outro ponto crucial é o licenciamento ambiental

Há fortes indícios de que a empresa responsável pela obra suprimiu vegetação sem a devida autorização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e sem registro no sistema de licenciamento ambiental.

A irregularidade coloca em xeque a obra e o compromisso das autoridades com a proteção ambiental, princípios basilares para um desenvolvimento sustentável.

A ausência de um Estudo de Impacto de Vizinhança, documento obrigatório para empreendimentos de grande porte, como é o caso da nova sede da SemmasClima, também contribui para o cenário de incertezas.

Essa omissão demonstra negligência com os impactos que a obra pode causar no entorno, como aumento do tráfego, poluição sonora e alterações no microclima local, ignorando os direitos dos moradores e a necessidade de um planejamento urbano responsável.

Diante das irregularidades apresentadas, a decisão judicial determina que a SemmasClima apresente medidas para recomposição da área verde suprimida ilegalmente.

Essa medida, embora necessária, não apaga os danos já causados ao meio ambiente e reforça a importância da fiscalização rigorosa e do cumprimento das leis ambientais para evitar que situações como essa se repitam.

O município de Manaus pode ser multado em R$ 500 mil por dia caso descumpra a ordem de paralisação da obra.

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