Patroa cafetona de Rede de prostituição e tráfico de drogas obrigava a jovem Geovana ,morta brutalmente ,a fazer programas sexuais sob ameaças na Zona Sul de Manaus

O movimento era intenso no local da casa, segundo os vizinhos da região

Segundo a polícia, a patroa é a principal suspeita do crime e proibia a vítima de ter contato com outras pessoas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na manhã desta quinta-feira, 29, divulgou mais detalhes sobre a prisão de Camila Barroso, que a vítima foi contratada para trabalhar como babá e depois começou a ser aliciada e explorada sexualmente pela patroa, segundo as investigações.

A adjunta da DEHS, Marília Campello, explicou que a casa onde Camila morava era alugada e funcionava como uma casa de massagens onde era realizado a exploração sexual de mulheres. A prisão imediata da suspeita foi pedida porque ela estava com uma viagem marcada para a Europa.

A polícia explica que, no início, Geovana foi contratada por Camila para trabalhar como babá. Em seguida, a patroa da jovem começou a aliciar a vítima oferecendo luxo e privilégios. A partir disso, começou a obrigar que Geovana não saísse mais da casa e fizesse programas sexuais.

A patroa também passou a proibir que a vítima tivesse contato com outras pessoas. “Quando Geovana tentava sair da casa, Camila fazia ameaças dizendo que a vítima tinha dívidas com ela”, disse a delegada.

Ex-namorado de vítima não tem envolvimento
Na quarta-feira (28), quando Camila foi presa, ela chegou a acusar o ex-namorado de Geovana. A adjunta da DEHS informou que o ex da babá procurou a polícia e mostrou conversas onde Camila proibia que a jovem tivesse contato com ele. Até o momento, segundo as investigações, não há indícios de que o ex da vítima tenha envolvimento com o crime.

“Geovana foi torturada e espancada. A Camila nega o crime, mas o carro usado para deixar o corpo da vítima na área de mata estava em posse dela”, disse a delegada. O carro usado no crime será passado por perícia.

Viagem para Europa

A família de Camila mora na França e ela estava com uma passagem marcada para viajar. Além disso, a suspeita já foi presa por tráfico de drogas e se dizia ser ex-mulher de um traficante.

As investigações da polícia descobriram que Geovana também tinha tirado um passaporte recentemente e talvez a ideia de Camila era de usar a babá como “mula” no tráfico de drogas.

Segundo a adjunta da DEHS, as fotos que circularam nas redes sociais onde Goevana aparece espancada em cima de uma cama foram tiradas dentro da casa onde ela morava com Camila. No dia 19, antes mesmo da babá ser dada como desaparecida, a suspeita enviou uma mensagem para a proprietária do local informando que iria se mudar.

A polícia contou também que Camila acompanhou a mãe de Geovana na delegacia para registrar um (BO). Além de ter ido ao velório da jovem e ter visto chorando bastante alegando que era “uma segunda mãe” da vítima.

Procurado
A DEHS informou também a participação de Eduardo Gomes da Silva, que seria filho da proprietária da casa em que Camila morava e funcionava como local de exploração sexual. A delegada Marília falou que Eduardo e a suspeita tinham relações nos negócios.

A PC-AM solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro do infrator deve entrar em contato pelos números (92) 98118-9535, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do informante será preservada.

Sobre o crime
Geovana Costa Martins, 20, que desapareceu no dia 19 de agosto foi encontrada morta em uma área de mata no dia 20, na margem da alameda do Bosque, no bairro Tarumã-Açú, na zona oeste de Manaus. A vítima foi reconhecida nesta segunda-feira (26). A informação foi divulgada por familiares nas redes sociais.

Geovana desapareceu após sair da casa onde trabalhava como babá, no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus. O corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata. Ela trajava blusa preta, uma camisa azul por baixo e uma bermuda jeans. Uma folha de uma árvore estava cobria o corpo da jovem. A vítima possuía marcas de tortura.

Nesta segunda-feira (26), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops), divulgou imagem de Geovana como desaparecida, mas a família reconheceu no Instituto Médico Legal (IML) o corpo da mulher que foi encontrado na última terça-feira como sendo de Geovana.

Fonte: D24AM

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